A Escola Superior Agrária de Santarém em parceria com a Universidade de Évora têm em curso um projecto que visa a mutiplicação da oliveira da variedade "Galega".
A engenheira Paula Jacob, da Escola Superior Agrária de Santarém, foi a responsável pelo estudo da micropropagação.
Um dos problemas desta variedade deve-se à pouca disponibilidade existente no mercado, uma vez que é uma espécie que tem dificuldades de enraizamento. Daí haver todo o interesse em fornecer alternativas à produção em viveiro e com custos competitivos.
Neste momento já existem 4800 plantas in vitro.
A micropropagação inicia-se com o corte de pequenos ramos dos quais se extraem as folhas, ficando apenas os gomos. Esse material é, então, levado para o laboratório, para ser submetido ao processo de desinfecção em condições assépticas (esterilizadas). Em seguida, as estacas são colocadas num meio de cultura, que contém mais de 30 elementos (vitaminas, macronutrientes, micronutrientes, hormonas de crescimento e um hidrato de carbono).
A colocação do explante (da estaca) seleccionado e desinfectado em cultura in vitro é a etapa base de toda a operação.
Posteriormente, os tubos e frascos de cultura são colocados em câmaras de crescimento com controlo de factores físicos (temperatura, fotoperíodo) até se desenvolverem as plântulas.
Na última fase, já há emissão de raízes, seguindo-se a aclimatização. É necessário que esta transferência se faça nas melhores condições, visto que as raízes formadas ainda são extremamente frágeis. Nesta fase as plantas são transferidas para um substrato com boa drenagem e colocadas novamente em câmaras, assegurando uma humidade elevada e uma temperatura ambiente e do substrato bem controlada.
Nem todas as plantas aclimatizam mas após esta fase as plantas comportam-se exactamente como as plantas produzidas em viveiro.