Tripes

Order Thysanoptera

Aspecto
Os adultos medem de 1-2mm, embora algumas espécies tropicais possam chegar aos 10mm.
A cor dos adultos varia de castanho-amarelado a preto.
Caracterizam-se pelos seus corpos delgados e asas enrugadas.

Ciclo de vida
Os ovos são depositados individualmente pela fêmea que os introduz em incisões feitas em flores ou folhas. A fêmea não necessita de acasalar para produzir ovos viáveis. Apenas as fêmeas resultam de ovos não fertilizados.
A ninfa emergente assemelha-se ao adulto, mas é mais pequena e de cor mais pálida.
O ciclo de vida fica completo em duas a cinco semanas, dependendo da espécie e das condições ambientais.

Hábitos
Os tripes alimentam-se dentro dos rebentos das flores e em folhas jovens de plantas. Os danos só são visíveis depois de as flores/folhas deformadas se abrirem.
Ao retirarem a seiva da planta, secam o tecido das folhas, fazendo aparecer manchas prateadas.
Os danos nas flores reconhecem-se pela formação de pontos brancos. Pode também aparecer um líquido castanho-avermelhado nas flores e/ou debaixo das folhas.

A Traça da Batata

A traça da batata (Phthorimaea operculella) é responsável pelos estragos mais graves originados por insectos, em batata armazenada.
No entanto, os produtos que se destinavam ao seu tratamento tinham como substância activa o malatião, que foi retirado do mercado. Por isso, tem de se arranjar alternativas ao uso destes produtos químicos.
A Syngenta tem alertado os agricultores no sentido de haver um maior cuidado na fase final da cultura, tendo especial atenção aos seguintes pontos:

• Nunca deixar que haja tubérculos destapados (à superfície do solo), de modo a impedir que as borboletas façam as posturas em cima dos mesmos. Para tal ter o cuidado de efectuar uma correcta amontoa;


• Manter a superfície do solo sempre húmida, de modo a não a deixar secar, o que vai impedir a formação de fissuras, as quais permitem a postura dos ovos, por parte das traças;·


• Proceder à colocação de armadilhas + feromonas para captura de adultos de traça e, principalmente, para monitorizar o seu aparecimento, de modo a poder posicionar a aplicação do insecticida;


• Proceder à aplicação de uma mistura de Karate Zeon + Match (Adulticida + Ovicida/Larvicida) ao aparecimento das primeiras traças nas armadilhas;


• Ter o máximo de cuidado aquando da colheita eliminando, de imediato, qualquer tubérculo que se apresente furado pela traça, de modo a não contaminar os restantes.

Evidentemente que estes cuidados não são passíveis de controlar, a 100%, os ataques desta praga. No entanto, os ensaios efectuados apresentaram resultados muito positivos. A colocação de armadilhas + feromona para a monitorização da praga é, do ponto de vista da Syngenta, extremamente importante para um mais efectivo controlo desta praga.

Adulto da traça-da-batata (A), danos nas folhas (B) e nos tubérculos (C) causados pelas larvas destes insectos.

Autorização de Venda de Produtos Fitofarmacêuticos

Um produto fitofarmacêutico só pode ser comercializado e ou utilizado, no território nacional, após ser titulado com uma autorização de venda, concedida na sequência da apresentação, pelo requerente, de um pedido, através do qual se aprova, de acordo com um esquema nacional de homologação, a comercialização e utilização do produto em causa.

Compete à DGADR, através da Direcção de Serviços de Produtos Fitofarmacêuticos e Sanidade Vegetal, proceder à homologação dos produtos fitofarmacêuticos efectuando a sua avaliação no que respeita ao seu comportamento e influência nos ecossistemas, aos seus resíduos nas culturas, nos produtos agrícolas e nos compartimentos do ambiente, tendo em vista a saúde ocupacional, a defesa do consumidor, a preservação do ambiente e o estabelecimento das suas condições de utilização de acordo com as boas práticas fitossanitárias, culminando, todo este processo, na concessão de uma autorização de venda.

Veja a lista de produtos com autorização de venda em:

http://www.dgadr.pt/fitofarmaceuticos/lista/Introd_lista/prod_vend_aut.htm

e a lista de cancelamento de AVs e e APVs em:
http://www.aiho.pt/docs/CancelamentoAVeAPV_Rev31_300908.pdf